Velho gaiteiro.
Hoo gaiteiro velho.
Como é bonito te ver tocar.
Mesmo com o peso do tempo no lombo.
Quando coloca essa gaita sobre o joelho.
Ainda faz prenda e peão,pela sala dançar.
No toque firme, da moda gaúcha.
Faz tremer o chão.
Com o pé batendo no compasso.
No intervalo do refrão, ainda sacode a mão.
Hoo velho gaiteiro,
Como é bonito te ver tocar.
Meio sem fôlego, arrisca um cantiga.
E sem perder o tom, puxa uma velha canção.
Mesmo sem fôlego canta igual.
Porque o som já vem lá de seu crioulo coração.
No fim da moda bem campeira.
Olha e se surpreende.
Pois a sala se encheu por inteira.
E todos ainda loucos, para começar mais uma folieira.
Gaiteiro velho, olha meio de lado.
Seu dedos já meio entrevado.
Carca no fole e lasca mais uma vanera.
E com um jeitão meio loco.
Diz que quer ver todos, fazer mexer a meleira.
E nesse tranco.
Meio tocando.
Meio cantando.
A folieira vai passando.
Até a prenda e o peão, não cansar do entrevero.
A luz não apaga do candeeiro.
Nem a sanfona para de urrar.
Nas mãos do velho gaiteiro.
lindo poema
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