Velha tapera.
Hoje acordei cedito.
Olhei o tempo, seu jeito.
Para ver se hoje era o dia.
Que a saudade eu mataria.
Bebi meu chimarrão.
Junto com o canto do galo.
E com ansiedade loca.
Sai junto com a escuridão.
Na estrada ia andando.
Coração pulando.
A saudade é tão forte.
Que sem querer, me pego chorando.
Ao chegar na velha porteira.
Até o vento parece ficar mais lento.
E a saudade fica a me conhecer.
Em cada lado, em cada canto.
Logo depois da porteira.
Queria ver a velha tapera.
E para meu triste espanto.
Tudo caído, tudo ao relento.
Meus olhos parece não acreditar.
Que ali nesse sagrado lugar.
Onde corri, pulei e muito brinquei.
Nada mais existe para olhar.
Fechei os olhos e refiz em pensamento.
O galpão, a casa e o pomar.
Mas a saudade me esporeou por dentro.
E ali mesmo onde era o velho alambrado.
Desabei-me em chorar.
Adora essa foto. Essa casa. Linda.
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